16 de dez. de 2004

Anúncios de jornais e outras formas...

"Anika*, 23, loira, sensual, fogosa, satisfaço todos os seus desejos. Atende eles/elas/casais. A partir de R$ xxx. Ligue 9999-9999"

Esse é o meu anuncio. É por ele que chegam boa parte dos meus clientes. No entanto, esta não é a minha única fonte.

Uma boa fonte é a rede de relacionamento que montei com os funcionários das portarias dos principais hotéis da cidade. Em troca de uma comissão, eles me indicam para os hóspedes que procuram garotas de programas. Ontem à noite ainda fiz um programa num dos hoteis mais luxosos da cidade, conseguido desta forma. Como eu ofereço uma comissão maior do que outras garotas (além do meu preço ser maior), eles acabam dando preferências para mim.

Mas isso não é tudo...

Um grande amigo meu tem uma espécie de agência, com várias meninas cadastradas. Seus clientes são executivos, empresarios, políticos. Enfim, o pessoal da grana gorda. Em troca de uma comissão, ele me repassa clientes. No entanto, não faço parte do quadro fixo da agência, ou seja, não tenho nenhuma obrigação (ou melhor, rabo preso) com ele, nem devo nada à ele, como a maioria das meninas agenciadas. Normalmente ele me repassa clientes estrangeiros, pois falo inglês e espanhol fluentemente. Pagamento normalmente em dólares ou euros.

Este meu amigo também tem um casa, localizada num bairro elegante, com todas as comodidades necessárias para o atendimento à este tipo de cliente. No térreo, um bar muito bem montado, com várias mesas e um pequeno palco onde as garotas se apresentam. No andar superior, sete suítes onde as garotas exercem suas funções. Cada quarto possui uma cama ampla e, num pequeno armário, vários apetrechos (camisinhas, lubrificantes, óleos diversos, vibradores, chicotes, máscaras, algemas...) à disposição. Nesta casa eu sou uma espécie de "reserva", ou seja, apenas vou quando uma das garotas está doente ou impossibilitada de atender. Já fui "fixa", mas é desgastante. Numa noite de sexta-feira (o dia de pico), eu atendia de quatro a seis clientes, começando por volta das 20:00hs até quase o dia amanhecer. No entanto, o ganho financeiro era também maior.

Quanto à cobrança, tenho três preços, dependendo do grau de exclusividade.

Primeiro, o mais comum, ou seja, por hora. Neste caso, sempre faço negócios com um tempo mínimo de duas horas... se o cara desmaiar depois da primeira, não posso fazer nada.

Depois, tem a exclusividade noturna, ou seja, passo toda a noite com o sujeito, até amanhecer ou até ser dispensada. Nesta modalidade, cobro o equivalente à quatro horas.

Por fim, tem a exclusividade total. Normalmente sou contratada por empresários ou políticos como acompanhante "full-time". Posso atuar como guia, secretária, tradutora (no caso de estrangeiros) etc. E como "amante", é claro. Cobro o equivalente à oito horas por dia, mais todas as despesas. Quem faz os contatos e a cobrança é este meu amigo, através de sua "agência de modelos"...

Estes últimos são os contratos mais divertidos, pois pode acontecer de tudo. Já tive que viajar para São Paulo com um israelense, para Brasília com um americano... Até já passei uma semana em um hotel de luxo numa praia famosa de Florianópolis com um espanhol... minha única função era aproveitar todo o conforto e estar a disposição para quando ele quisesse transar comigo, na hora que ele quisesse, o que ocorreu várias vezes.

E assim vamos levando...

Beijos...

(* Como já disse, este não é o meu "nome de guerra ". O resto do anúncio é real)

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