27 de dez. de 2007

Minha relação com Paula

Como falei no post anterior, minha vida deu algumas voltas nestes últimos dois anos em que fiquei sem postar.

A primeira grande revolução foi quando eu resolvi "dar um tempo" nas minhas atividades de garota de programas. Vendi o apartamento em que morava e mudei-me de cidade para completar a resolução. Só que, nesta nova cidade, acabei reencontrando uma grande amiga minha, a Paula (novamente, ver os posts abaixo). Lésbica assumida, foi ela quem me introduziu nos prazeres de uma relação homossexual, ainda quando eu tinha apenas 19 anos e morava em Londrina. Claro que, ao reencontrá-la, acabamos reassumindo a relação que tinhamos anteriormente. Como ela morava sozinha e eu ainda estava em um flat procurando um local definitivo, tornou-se natural que eu morasse com ela.

Ao me mudar para seu apartamento, nós engatamos realmente um caso, que perdurou por pouco mais de um ano. Foi um período muito interessanta para mim, pois recuperei minha auto-estima e segurança, coisa que eu estava muito carente.

Arranjei um trabalho "normal", tornando-me recepcionista e, em seguida, secretária em uma grande construtora. Quem me via no trabalho não dizia que, em um passado bem recente, eu era uma garota de programas que varava as madrugadas vendendo o corpo no negócio mais antigo da humanidade. Para dar um "ar" mais sério, passei a usar óculos por conta de uma miopia (verdadeira, mas de baixo grau). Usava um uniforme padronizado da empresa, discreto e elegante, sem ser provocante. Deixei de usar minhas sandálias salto 10 e comecei a utilizar sapatos mais baixos. Cabelos sempre presos ou em penteados discretos. Em resumo, quis assumir uma vida "normal" e sem que ninguém soubesse de minhas atividades. A unica pessoa que sabia (e se deliciava com minhas histórias) era a Paula, mas ela era muito discreta sobre minha vida.

No prédio onde morávamos eu fui apresentada aos vizinhos como uma "prima do interior", mas pouca gente se interessava por nossa vida. Em casa eramos sempre discretas, sem nunca chamar a atenção sobre nossas vidas.

No entanto, entre quatro paredes deixávamos nossa tesão nos dominar. No início mantinhamos relações quase todos os dias. Nos finais de semana transavamos até ficarmos exaustas. Mas, como todo relacionamento, as coisas foram esfriando aos poucos. Depois de seis meses, com as duas trabalhando o dia todo, nós já resumiamos nossas transas apenas aos finais de semana. Aos poucos fomos percebendo que nossa relação era puramente carnal. O máximo de sentimento que nutriamos uma pela outra era de amizade, nada mais. Paula principalmente se ressentia deste fato, pois ela era mais "romântica", enquanto que eu sempre fui mais "largada". Com efeito, nossa relação foi esfriando cada vez mais até que resolvemos terminar de modo definitivo, liberando uma a outra de quaisquer compromissos.

Voltei a morar em um flat por alguns dias, até que consegui alugar um pequeno apartamento mobiliado, próximo ao meu local de trabalho. Eu e Paula continuamos a nos encontrar sempre, mas apenas como amigas. Unha e carne, mas apenas amigas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Anika

Muito boas as tuas histórias. Continue a escrever. São muito excitantes.

Anônimo disse...

Você com uniforme de recepcionista deve ficar um tesão.

Geralmente escolhem pra recepcionistas garotas bonitas, o fato da roupa ser discreta e elegante sabe como é nossa imaginação né?! hehehe... Pago pau pra muita recepcionista.

Meu sonho é uma garota vestida com um uniforme assim (e ainda mais de óculos) fizesse um strip pra mim, tirando peça por peça.

Beijo.